A coligação Juntos Somos Coimbra foi até à Alta de Coimbra para visitar o recém reaberto Grémio Operário de Coimbra. Apesar de ser um local centenário, fundado em 1887 – no mesmo ano em que nasceu a Associação Académica de Coimbra -, estava fechado desde os anos 90. A coligação Juntos Somos Coimbra visitou o Centro Social e Cultural 25 de Abril, uma IPSS sediada na Rua da Sofia e que desenvolve atividades na área da infância, nas respostas sociais de Educação Pré-Escolar e de Centro de Atividades de Tempos Livres, com 120 crianças.

A instituição acolhe cerca de 90% de crianças com famílias em dificuldades económicas, das quais 30% vivem no limiar da pobreza, o que faz com que a instituição viva em constantes dificuldades financeiras. 

Nesse sentido, o Centro Social e Cultural 25 de Abril representa um importante papel social, chegando mesmo a dar resposta a crianças de várias freguesias do concelho e até de concelhos vizinhos. Por esse motivo, a direção entende que a Associação deve estar neste local da cidade, pois “é nesta zona que é preciso dar resposta”. Para tal, pedem o apoio da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) para o equilíbrio das contas, dado o importante papel social que desempenham, e para encontrar um espaço com as condições necessárias nesta zona da cidade, pois o edifício onde se encontram, um dos colégios da Rua da Sofia, apresenta claros sinais de degradação, onde são necessárias intervenções profundas com alguma urgência. 

Depois de sublinhar o importante papel social desempenhado pelo Centro, José Manuel Silva adiantou que este não é o local indicado para albergar uma instituição deste género, que deve ter um espaço digno e com as condições necessárias para o desenvolvimento de atividades com crianças, o que teve a total concordância da direção da instituição. Por outro lado, o candidato pela mega coligação à presidência da CMC destacou a necessidade de “olhar para a Rua da Sofia e para o seu património com outros olhos”. Segundo José Manuel Silva, o património da Rua da Sofia “tem de ser aberto ao mundo”, mas para tal é necessário a adequada “preservação do património”, algo que não é visível neste local.