A coligação Juntos Somos Coimbra foi até à Alta de Coimbra para visitar o recém reaberto Grémio Operário de Coimbra. Apesar de ser um local centenário, fundado em 1887 – no mesmo ano em que nasceu a Associação Académica de Coimbra -, estava fechado desde os anos 90. Recentemente, foi reativado por uma associação cultural que pretende “apoiar tudo o que seja emergente na cidade” e ser uma “incubadora de artes”. Importa recordar que este local foi um importante espaço cultural da cidade, onde passaram os primeiros grupos de teatro de Coimbra ou Zeca Afonso, que ensaiava neste espaço.

Miguel Matias, presidente da associação, e também gerente do Be Coimbra, contou à coligação Juntos Somos Coimbra que decidiu avançar com o projeto, juntamente com um grupo de amigos da área da programação cultural, depois de arrendar o espaço à Diocese, proprietária do edifício, com o compromisso de o reabilitar. O andar de cima do Grémio foi também intervencionado para a possibilidade de residências artísticas ou até alojamento local, o que pode permitir a sustentabilidade do projeto. 

Por serem uma associação cultural recente – foi criada em janeiro de 2021 – não contam com nenhum apoio da CMC nem integram o Conselho Municipal da Cultura. A propósito, José Manuel Silva garantiu, caso seja eleito em setembro, transformar o Conselho Municipal da Cultura “num verdadeiro parlamento cultural”. Nesse sentido, José Manuel Silva explicou que este órgão não pode ser liderado pelo presidente da autarquia, pois denota uma atitude “centralista” da CMC, que prejudica a dinâmica das associações culturais, devendo antes ser coordenado por um membro eleito entre pares.